Soluções para o transporte

Mais do que vender ônibus, a marca busca ser parceira do cliente ao oferecer serviços, tecnologia, produtos adequados à demanda e um bom atendimento para que o mesmo possa ter sucesso

A revista AutoBus conversou com Jeferson Perez, da Área de Desenvolvimento de Negócios para Ônibus, e Celso Mendonça, Gerente de Pré-Vendas, ambos da Scania do Brasil, sobre o que a montadora tem para atender o mercado brasileiro de transporte coletivo com sustentabilidade ambiental e econômica. A fabricante, conhecida por disponibilizar muita tecnologia e soluções à mobilidade urbana, aposta nos muitos conceitos que visam reduzir as emissões poluentes e aumentar o rendimento operacional.

Soluções para o transporte
Jeferson Perez

Mais do que vender ônibus, a marca busca ser parceira do cliente ao oferecer serviços, tecnologia, produtos adequados à demanda e um bom atendimento para que o mesmo possa alcançar sucesso em seus negócios. E o segmento de transporte, tanto urbano, como rodoviário, necessita, cada vez mais, de veículos inteligentes, com baixo impacto ambiental, dotados de motores e tração limpa.

Nesse contexto, a Scania tem a oferecer um portfólio bem interessante capaz de atender um novo modelo de serviços em sistemas que objetivam proporcionar qualidade, velocidade e sustentabilidade nos deslocamentos. Nesta conversa, três temas foram ressaltados dentro do assunto ônibus com tração alternativa ao diesel – etanol, gás natural/biometano e eletricidade.

Soluções para o transporte
Celso Mendonça

Para a Scania, há uma diversificação em relação a combustíveis ou formas de tração que depende de três fatores – preço, disponibilidade e rede de distribuição. Trabalhamos com múltiplas opções, como o etanol, o biodiesel de 1ª e 2ª gerações, gás natural/biometano, gás natural liquefeito, tração híbrida ou totalmente elétrica, para atender vários nichos.

Etanol – Neste momento, em que pese a lei municipal de São Paulo, a Scania tem no etanol a sua estratégia de negócios para atender, por meio da tecnologia mais limpa, os preceitos que ditam a redução das emissões poluentes do modal.

Gás natural – Quanto a esse combustível, ele não atende as especificações da lei paulistana no tocante a diminuição do CO². Caso fosse o biometano, a situação seria diferente, pois trata-se de um biocombustível renovável.

O biometano pode vir do biogás oriundo de lixões, do tratamento de esgoto e até mesmo de resto de alimentos ou de excremento de animais. Temos uma tecnologia que é conhecida de forma operacional. E o operador pode amortizar seu investimento nos veículos a gás em 2,5 anos.

Os argumentos contrários ao uso do gás natural/biometano já caíram por terra. Hoje, toda a tecnologia implementada nos propulsores permitem viabilidade social, econômica e técnica.

Para que os operadores do transporte possam usar seus veículos a gás, a Comgás, distribuidora paulista do combustível, tem a disposição de implementar uma rede e infraestrutura necessária para o abastecimento dos ônibus, com a diluição desse investimento no valor do metro cúbico do gás.

O Brasil tem no pré-sal um volume muito significativo de gás natural que pode ser explorado. Para que ele tenha uma maior participação na matriz energética do transporte coletivo é necessária uma política de financiamento, com uma planilha de remuneração ao operador adequada ao combustível.

E o biometano tem uma vantagem bem expressiva que é o seu custo operacional, menor se comparado aos outros tipos de combustíveis.

Quando trouxemos da Suécia o primeiro ônibus movido a gás natural, tínhamos em mente uma demonstração aqui no Brasil que iria durar um ano. O sucesso foi tanto que tivemos que disponibilizá-lo por mais um ano. Depois, produzimos a versão brasileira do veículo e que hoje é muito requisitada em várias cidades para ser avaliada mais detalhadamente.

Eletromobilidade – Do modelo com tração híbrida à versão 100% elétrica. Existem alguns pontos fundamentais que determinam a viabilidade do conceito. A autonomia, o peso dos veículos e o que fazer com as baterias após sua vida útil.

Essa questão também esbarra na produção das baterias, em sua capacidade armazenamento, como será produzida a energia elétrica para o seu abastecimento e no layout veicular. Há estudos que mostram uma relação positiva entre a capacidade carga e o peso das baterias para os veículos comerciais a partir do ano de 2025. Até lá, estamos atentos com nossos desenvolvimentos.

Euro VI – Antes mesmo de substituir o motor a diesel, é preciso haver uma forma mais inteligente para o seu desenvolvimento e aproveitamento, tendo assim um aumento no rendimento térmico e uma expressiva redução das emissões poluentes. Com a norma Euro VI, já conquistamos um avanço em termos de diminuição dos gases. E até 2025, o propulsor a diesel continuará sendo predominante no setor.

Imagens – Divulgação/Scania

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Ônibus movido a biometano, por Juliana Sá, Relações Corporativas e Sustentabilidade na Scania

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