O transporte público não pode parar

As medidas restritivas adotadas pelo Poder Público para conter a propagação do novo coronavírus já reduziram entre 70% e 75% a demanda do transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba, resultando em equivalente perda de receita das empresas prestadoras do serviço

Denominados de “essenciais”, aqueles que não podem faltar em quaisquer circunstâncias, diversos serviços são absolutamente imprescindíveis e vitais na luta para derrotar a terrível pandemia que vem nos assolando.

Um deles, ao lado das instituições e dos profissionais que atuam na saúde, na segurança, no abastecimento e na produção de inúmeros bens, é o transporte público.

Principalmente em tempos de guerra, e não há melhor definição para o dramático momento que atravessamos, o transporte público não pode e não deve parar, pela simples razão de que as pessoas envolvidas diretamente no combate à epidemia do Covid-19 precisam se locomover para cumprir suas missões.

Sem ele, nenhum dos demais setores funcionará com a eficiência necessária e alguns serão totalmente prejudicados, colocando em risco muitas vidas humanas.

Diante do exposto, cabe-nos levar ao conhecimento da sociedade as seguintes informações:

As medidas restritivas adotadas pelo Poder Público para conter a propagação do novo coronavírus já reduziram entre 70% e 75% a demanda do transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba, resultando em equivalente perda de receita das empresas prestadoras do serviço.

Considerando que os salários dos nossos colaboradores representam 52% dos custos operacionais e que as despesas com o óleo diesel somam outros 20%, vê-se claramente que a conta não fecha, ou seja, os recursos são insuficientes para a mínima manutenção dos serviços e as consequências dessa grave dificuldade financeira podem comprometer seriamente a operação do sistema nos próximos dias.

Ressaltamos que as autoridades estão sendo diariamente alertadas para a necessidade de buscar soluções imediatas para evitar que o transporte público entre em colapso.

Nesse sentido, várias alternativas já foram apresentadas para equilibrar a equação econômica e salvaguardar a saúde dos passageiros e dos nossos motoristas e cobradores.

Assim como exige o enfrentamento à doença que nos aflige, urge também que sejam tomadas decisões rápidas e firmes para o bem da população.

Por Lessandro Zem – presidente da Metrocard – associação que congrega as empresas de transporte público da Região Metropolitana de Curitiba

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