O transporte em tempos de coronavírus

A NTU já orientou as empresas associadas e entidades filiadas a adotarem uma série de procedimentos preventivos, que vão da divulgação de informações sobre o coronavírus para passageiros ao reforço da limpeza dentro dos coletivos

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), preocupada com a pandemia de coronavírus no Brasil, informou que centenas de empresas de ônibus coletivo urbano de todo o País estão adaptando suas operações às determinações do poder público local e adotando recomendações nacionais e internacionais de prevenção ao coronavírus. O objetivo é reduzir os riscos à saúde para profissionais do transporte e passageiros e continuar o atendimento às pessoas que dependem do transporte público.

O executivo ressaltou que numa situação extrema, de limitação de todo e qualquer deslocamento não essencial, como já vem ocorrendo em várias cidades da Europa, a NTU estima que grande parte do serviço de transporte público ficaria ocioso devido à redução de praticamente toda a demanda. “É importante frisar que, pela natureza essencial desse serviço público, é necessário manter uma oferta mínima para atender aos passageiros que não têm outra alternativa de deslocamento”, comentou.

A NTU já orientou as empresas associadas e entidades filiadas a adotarem uma série de procedimentos preventivos, que vão da divulgação de informações sobre o coronavírus para passageiros ao reforço da limpeza dentro dos coletivos. As recomendações, enviadas oficialmente por meio carta às empresas associadas, seguem as orientações do Ministério da Saúde, da OMS e da Associação Internacional de Transporte Público e incluem cuidados direcionados tanto aos passageiros quanto aos operadores do serviço:

Manter as janelas dos ônibus abertas para uma melhor circulação do ar, sempre que possível; Evitar os horários de pico nos transportes públicos; Escolher rotas que envolvam apenas um meio de transporte, evitando trocas de linhas ou modais que aumentam o risco de exposição, sempre que for viável; Lavar sempre as mãos com sabão até a metade do antebraço, esfregando também as partes internas das unhas, antes e depois de usar o transporte público; alternativamente, limpar as mãos com álcool em gel 70° INPM; Evitar cumprimentar com beijos, apertos de mãos e abraços; Limpar com álcool em gel 70° INPM objetos tocados frequentemente; Evitar tocar nas áreas do rosto (principalmente nariz, olhos e boca) antes de higienizar as mãos; Quando tossir ou espirar, proteger a boca na parte interna do antebraço ou com um lenço descartável; Procurar manter uma distância de pelo menos 1 metro de quem estiver tossindo ou espirrando; Utilizar lenços descartáveis quando estiver com o nariz escorrendo, descartando o lenço usado imediatamente no lixo; Evitar sair de casa caso apresente sintomas de gripe ou similar; Seguir as orientações oficiais do Ministério da Saúde e autoridades sanitárias, evitando mensagens falsas que circulam pela Internet e WhatsApp (fake news).

Para os operadores do transporte, a entidade recomenda: Utilizar o sistema de ar-condicionado dos ônibus no modo de ventilação aberto; Manter as janelas dos ônibus abertas para uma melhor circulação do ar sempre que possível; Reforçar a limpeza diária interna dos veículos, a desinfecção e limpeza de balaústres e pega-mãos, fazendo a higienização dos veículos com mais frequência no decorrer do dia, sempre que possível; Disponibilizar espaços para cartazes e outros materiais informativos sobre a prevenção do coronavírus na frota e demais canais de comunicação da empresa (sites, redes sociais, TV de bordo); Orientar os funcionários sobre métodos de prevenção contra o coronavírus; Colocar à disposição dos funcionários, nas áreas administrativas e nas garagens, álcool em gel 70° INPM.

Ainda, de acordo com a associação, está sendo dada especial atenção à saúde dos profissionais, com a veiculação contínua de campanhas para a conscientização sobre como proceder diante da ameaça do Covid-19. Algumas empresas prepararam vídeos didáticos sobre a limpeza dos veículos e o comportamento recomendado aos usuários para a prevenção dessa doença. Há até casos de afastamento temporário de motoristas e funcionários administrativos com mais de 60 anos, que pertencem aos grupos de risco, entre outras iniciativas. “Estamos em um momento crítico, totalmente atípico no Brasil e no mundo, e temos responsabilidade social com todos os nossos passageiros e colaboradores. É um dever do setor orientar as pessoas e reduzir ao máximo possível os riscos, por essa razão estamos colocando em prática todas as recomendações dos organismos de saúde. O transporte público é um serviço essencial que não pode parar, e que desempenha um papel fundamental nesse momento de crise. Muitos profissionais de saúde dependem do transporte coletivo para ir trabalhar, muitas pessoas precisam do ônibus para ir até o mercado ou para se deslocar até o serviço de saúde para atendimento”, ressaltou Cunha.

Imagem – Arquivo SPUrbanuss

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