Marco legal para o gás natural

O estado do Rio de Janeiro se sobressai no cenário brasileiro, tendo mais de 600 pontos de abastecimento, sendo possível circular em toda a sua área utilizando apenas o gás natural veicular

A mobilização pelo maior uso do gás natural nas frotas de veículos automotores do Brasil foi ressaltada pela 3ª edição do Seminário Nacional do GNV, promovido pelo Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa), com o apoio da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). O encontro, que debateu a urgência na aprovação do Projeto de Lei 4.476/2020 e que estabelece o novo marco legal para o mercado de gás natural no País, teve a participação do deputado federal Paulo Ganime; Katia Repsold, presidente da Naturgy; Carlos Magno Nascimento, gerente geral de Relacionamento com o Mercado da Firjan; entre outros especialistas. A moderação ficou a cargo de Gabriel Kprosch, vice-presidente da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás).

As vantagens competitivas da nova lei para a indústria brasileira foi divulgada como forma de simplificar e desburocratizar processos, além de garantir a flexibilidade de contratos, agilizar autorizações para a construção de novos gasodutos de transporte e armazenamento e definir regras claras para que mais competidores participem da produção, aumentando a competitividade e reduzindo os preços. “Há diversos investimentos mapeados para o gás natural no Rio de Janeiro, estado que tem o protagonismo na produção desse insumo no país. Investimentos da ordem de R$ 45 bilhões, segundo estimativas da federação. A votação do marco nos dará o estímulo necessário para destravar esses projetos e ampliar a oferta do combustível, com potencial de conversão da frota de veículos pesados para GNV e uma contribuição inestimável para o meio ambiente”, ressaltou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

Daniel Lamassa, subsecretário de estado de Óleo, Gás e Energia do Rio, citou algumas medidas previstas pelo governo fluminense para incentivar o uso em veículos pesados, como a exigência, na nova licitação de ônibus intermunicipais, de uma quota 10% de ônibus movidos a GNV; a implementação de postos de abastecimento a gás no BRT; e a instalação de corredores azuis – rotas com infraestrutura para GNV em veículos leves e pesados.

Já o diretor da Global Gas Mobility, Diego Goldin, destacou uma visão internacional e afirmou que a tomada de decisão das autoridades interessadas deve ser cirúrgica, para que o processo surta o efeito desejado. “O gás natural reduz custos, é mais limpo, atende a demandas de responsabilidade, ou seja, é uma bola de neve de benefícios, mas é preciso dar o primeiro passo, frear a burocracia, estabelecer novas normas, facilitar os processos, permitir que a indústria de veículos a gás usufrua das mesmas condições das outras, do diesel e da gasolina”.

O estado do Rio de Janeiro se sobressai no cenário brasileiro, tendo mais de 600 pontos de abastecimento, sendo possível circular em toda a sua área utilizando apenas o gás natural veicular.

Imagem – Arquivo Scania

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