Gás moverá o transporte bogotano

Bogotá está promovendo um grande programa de renovação de sua frota de ônibus para o transporte coletivo local, destacando para isso o uso de tecnologias alternativas ao diesel na propulsão dos novos veículos

Se aqui não tem presença, lá há mercado. Calma, é preciso entender a questão. Se o ônibus urbano equipado com o propulsor a gás natural tem um histórico bem negativo em solo brasileiro, em outros países da América Latina ele vem se mostrando uma opção viável em termos ambientais e operacionais. Apesar do Governo Federal ter anunciado um amplo programa de estímulo a esse combustível, o que poderia fomentar seu maior uso em frotas de veículos pesados, a realidade ainda não confirmou a formatação de políticas públicas idealizadas para tal aspecto. O Brasil possui extensas áreas exploratórias do gás e conta com um enorme potencial para produzir o biogás, a versão renovável do primo fóssil, fato que contribuiria em muito com a redução dos efeitos negativos vindos da utilização do diesel ou da gasolina no transporte urbano.

Mas, vamos ao fato de Bogotá estar promovendo um grande programa de renovação de sua frota de ônibus para o transporte coletivo local, destacando para isso o uso de tecnologias alternativas ao diesel na propulsão dos novos veículos. Este espaço já anunciou várias vezes a disposição do governo da cidade e da Colômbia em estabelecer metas para investir na troca dos veículos mais antigos por modelos de última geração, com baixa ou nenhuma emissão poluente.

Quanto ao gás natural, ele será mais uma opção em combustível na rede SITP, Sistema Integrado de Transporte Público de Bogotá, organismo governamental que tem como objetivo garantir a otimização dos serviços de transporte, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida ao habitantes da cidade. Três operadoras do transporte zonal, GMasivo (grupo Masivo, 2 unidades) y Gran America (Grupo Express, 1 unidade), escolheram a Scania como provedor dos novos ônibus equipados com motorização a gás. Nessa primeira fase de aquisição da nova frota, 534 chassis entrarão em operação, todos do modelo K280 para as carroçarias do tipo Padron (12 metros).

O propulsor Euro VI é capaz de reduzir 95% das emissões de material particulado (fumaça preta) em comparação aos motores Euro V ou inferiores. “A cidade de Bogotá tem dois grandes desafios relacionados ao transporte: a renovação da frota existente e como lidar com a poluição. Os ônibus a gás são uma excelente solução para ambos os problemas, pois nosso produto permite reduzir drasticamente as emissões de material particulado (a principal causa de doenças respiratórias na cidade), gases de efeito estufa e poluição sonora, sem negligenciar aspectos como rentabilidade, eficiência e sustentabilidade das operações de nossos clientes “, destacou Juan Carlos Ocampo, diretor geral da Scania Colômbia.

Além dos veículos, a marca irá disponibilizar o seu programa de manutenção aos operadores. Lembrando que a montadora já comercializou recentemente 741 chassis, entre articulados e biarticulados, todos movidos a gás natural, para o sistema TransMilenio.

Imagem – Reprodução

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Ônibus movido a biometano, por Juliana Sá, Relações Corporativas e Sustentabilidade na Scania

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