Direto do túnel do tempo

O modelo, com 11 metros de comprimento e entre-eixos de 5,73 metros, era equipado com motor diesel Deutz de seis cilindros em linha refrigerado a ar, injeção direta, 8,7 litros e 150 cv de potência

Houve um tempo em que havia no mercado brasileiro de ônibus uma marca alemã fabricante de plataformas e chassis equipados com motores refrigerados a ar. A Magirus Deutz deu início a produção de seu primeiro modelo em 1967, configurado com motor traseiro, tendo índice de nacionalização inicial de 90%. Tratava-se de uma plataforma tubular leve e de altura reduzida em relação ao solo, permitindo a construção de ônibus monoblocos urbanos e rodoviários, que permitia a instalação de bagageiros passantes, de até 3,5 m³ de capacidade. A partir daquele momento, a fabricante passou a concorrer com importantes nomes da indústria nacional de ônibus, como FNM, Mercedes-Benz e Scania.

O modelo, com 11 metros de comprimento e entre-eixos de 5,73 metros, era equipado com motor diesel Deutz de seis cilindros em linha refrigerado a ar, injeção direta, 8,7 litros e 150 cv de potência (opcionalmente, turbo com 180 cv), tendo ainda suspensão com feixes de molas (amortecedores duplos no eixo frontal), freios pneumáticos a tambor e caixa não sincronizada de seis marchas.

Algum tempo depois, a montadora apresentou o chassi com o mesmo conjunto mecânico de sua primeira plataforma, bem como outras versões, como o rodoviário RSL 413, trazendo o motor V8, também refrigerado a ar, de 215 ou 265 cv, instalado na traseira.

Porém, a história da marca Magirus Deutz no Brasil não foi muito longe. Sua fábrica, localizada na cidade baiana de Simões Filho, foi adquirida pela marca Cummins, em 1972, e o nome Magirus ficou na lembrança do passado do transporte brasileiro. Pelo Brasil, algumas importantes operadoras tiveram em suas frotas os modelos da marca alemã, como a extinta CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), de São Paulo, e a Pássaro Marron, do Vale do Paraíba paulista.

Imagem – Arquivo Osvaldo Born

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