Corredores de ônibus

A introdução desses corredores exclusivos (geralmente no lado esquerdo das vias), se difere da simples colocação das faixas exclusivas (implantadas no lado direito das ruas), que, por motivos estruturais, não apresentam velocidade adequada aos veículos do transporte coletivo

Há pouco tempo, um levantamento da Scipopulis, empresa da green4T – companhia 100% brasileira de tecnologia para cidades inteligentes, divulgou uma simulação a respeito da importância da implantação de corredores exclusivos para ônibus em áreas urbanas, visando a redução do tempo das viagens. O referido estudo levou em consideração algumas vias com grande circulação de ônibus na cidade de São Paulo, como a Av. Celso Garcia, na Zona Leste, e a Av. Faria Lima, na região oeste. Caso houvesse a implantação de corredores para o transporte coletivo, haveria uma redução de tempo de deslocamento entre 8 minutos e 13 minutos, respectivamente. Hoje, o paulistano leva cerca de 26 minutos para percorrer toda a extensão da Faria Lima e 45 minutos para percorrer a Celso Garcia.

De acordo com o Scipopulis, as referidas vias de rolamento apresentam índices relevantes de lentidão, com médias de 12,4 km/h na Faria Lima e 12 km/h na Celso Garcia registradas no pico da manhã. Pela Faria Lima circulam 28 linhas de ônibus todos os dias, transportando 324.000 pessoas. A Celso Garcia é rota para 35 linhas, com 363.000 passageiros diários.

A introdução desses corredores exclusivos (geralmente no lado esquerdo das vias), se difere da simples colocação das faixas exclusivas (implantadas no lado direito das ruas), que, por motivos estruturais, não apresentam velocidade adequada aos veículos do transporte coletivo. Corredores segregados proporcionam maior velocidade ao ônibus, além de poder reduzir as emissões poluentes, pois não há o para e anda dos veículos e suas constantes acelerações. Além do que, ao utilizar-se das tecnologias limpas em tração, as vantagens serão ainda maiores.

A responsabilidade pela construção desses corredores recai sobre a decisão dos prefeitos e seus ditos programas governamentais. Poucos são os que se interessam pelo tema, pois a aplicação do maior privilégio ao modal ônibus pode não ser bem recebida pela sociedade altamente motorizada. Muitos reclamam da atual situação da mobilidade urbana, porém, raros são os gestores públicos que enfrentam esse problema, se comprometendo com a causa ao inserir no contexto das cidades a valorização ao transporte coletivo.

Imagem – Arquivo SPUrbanuss

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