Atear fogo em ônibus é crime

Os incêndios criminosos já causaram a destruição de 4.330 ônibus entre 1987, quando essa prática teve início, até julho de 2018, provocando 20 vítimas fatais e 62 feridos graves

Sempre quando há alguma insatisfação social, o ônibus tende a ser o primeiro a sofrer as consequências negativas causadas por manifestações populares ou atos de violência. Dá-se a impressão que o veículo tem um poder de atração  para ser condenado injustamente quando algo não está bem. Se o ônibus paga esse preço, quem sofre é o passageiro, pois o processo de reposição dos veículos retirados em virtude dessa violência é demorado.

E essa escalada de atos negativos motivou a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) a procurar o governo para pedir medidas mais duras contra esse tipo de crime. A entidade entregou ao Governo Federal recentemente uma publicação com o histórico dos casos de incêndios a ônibus desde 1987 até os dias de hoje. O material foi recebido pelo general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O general Heleno reiterou a preocupação do governo com o problema e disse que estão sendo tomadas as providências cabíveis.

Os incêndios criminosos já causaram a destruição de 4.330 ônibus entre 1987, quando essa prática teve início, até julho de 2018, provocando 20 vítimas fatais e 62 feridos graves. Neste começo de 2019, outros 23 veículos já foram queimados pelo Brasil. “Não podemos mais conviver com essa violência e impunidade que coloca em risco a vida de passageiros, motoristas e cobradores, além de gerar prejuízos financeiros ao setor e danos irreparáveis à sociedade, que sofre os efeitos da falta do transporte para realizar as tarefas do dia a dia”, destacou o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha.

A publicação Fogueiras da Insensatez – por que queimam os ônibus no Brasil, produzida pela NTU em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), traz um apanhado histórico das ocorrências de queima de ônibus em  todo o país, com depoimentos e números que mapeiam os crimes. “Além da ameaça contra a vida, esses atos comprometem um bem público e um serviço essencial, reconhecido pela Constituição Brasileira como um direito social”, comentou Otávio Cunha.

O referido trabalho permite conhecer onde e quando ocorreram os incidentes, além de avaliar os prejuízos materiais e humanos causados.

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