Alternativas no combate à poluição

A União Europeia e o Governo da Alemanha investirão 107 milhões de euros na adaptação dos veículos mais antigos. Eles estão em operação em 90 cidades, totalizando sete mil unidades

Além da eletromobilidade, caminho sem volta para o futuro do transporte, outras tecnologias e opções de combustíveis também podem ter viabilidade quando o assunto é a redução das emissões poluentes vindas dos veículos automotores. Tomemos como exemplo a Alemanha, país com grandes metas ambientais em direção à um modelo limpo de transporte urbano.

Lá, além da eletricidade como tendência na tração de seus ônibus urbanos, ainda há outros projetos alternativos no combate a poluição, como o uso de biocombustíveis ou então em formas para atualizar as tecnologias que estão em operação, no caso, dos veículos dotados de motores a diesel. Apesar de muitos ônibus modernos já contarem com propulsores que atendem a norma Euro VI, um número expressivo de veículos mais antigos continua em uso por muitas cidades alemãs. Dotados de motores sem tecnologia para que haja redução dos gases tóxicos ou então modelos que atendem as normativas Euro IV e V, essas unidades deverão passar pelo processo chamado Retrofit, podendo receber filtros extras ou contar com outras tecnologias para reduzirem as emissões poluentes.

A União Europeia e o Governo da Alemanha investirão 107 milhões de euros na adaptação dos veículos mais antigos. Eles estão em operação em 90 cidades, totalizando sete mil unidades. A iniciativa faz parte do Programa de Ar Limpo Imediato e quer mitigar cerca de 2.200 toneladas de óxido de nitrogênio por ano, devendo melhorar, a curto prazo, a qualidade do ar das cidades envolvidas.

Os objetivos ambientais da União Europeia miram muitos aspectos, dentre eles, o uso de ônibus com tração alternativa. Modelos híbridos ou totalmente elétricos podem ser adquiridos com o apoio financeiro promovido pelo governo europeu. A própria Alemanha conta com um programa de incentivo para a substituição da frota de ônibus a diesel por versão limpas, com um orçamento específico á essa ação.

De lá pra cá. O ônibus é o principal meio de transporte de pessoas nas cidades brasileiras. Entretanto, não conta com nenhum programa governamental que fomente a aplicação de conceitos tecnológicos viáveis ao encontro da sustentabilidade ambiental. Neste momento, ainda discutimos o modelo de financiamento dos sistemas e se os chassis com motorização dianteira são melhores que as versões equipadas com propulsores traseiros. O modal tem um grande desafio pela frente para transformar sua imagem em um cenário de pouco interesse, que não o reconhece como um indutor à um desenvolvimento urbano sustentável e equilibrado.

Imagem – Reprodução/UITP

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