Afetado pela pandemia

As empresas que se beneficiaram com o Refrota precisam solicitar formalmente o adiamento dos pagamentos (a suspensão vai até dezembro de 2020)

O setor de transporte coletivo, tanto urbano como rodoviário, vem sofrendo um impacto negativo nestes tempos de pandemia do coronavírus. Redução das operações, perdas de passageiros e queda abrupta na rentabilidade são aspectos constantes na rotina do empresário. Para contribuir com uma nova perspectiva, o Governo Federal decidiu suspender até dezembro o pagamento dos financiamentos contratados por meio do programa Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano de Passageiros (Refrota). A ideia é que a medida ajude a preservar empregos no setor, segundo informou a Agência Brasil 61.

Ainda, de acordo com o canal de informação, a expectativa é gerar, durante o período de suspensão de pagamento, um alívio no caixa de R$ 51 milhões para as empresas com contratos de financiamento vigentes junto à Caixa Econômica Federal, responsável pelo Refrota. “Essa situação que o mundo está vivendo, não só o Brasil, causa restrição à locomoção em razão do isolamento. Então, os operadores do transporte público coletivo têm sido afetados pela redução de demanda. O transporte coletivo urbano, segundo os dados da Secretaria de Mobilidade e Desenvolvimento Regional do MDR, observou que alguns municípios tiveram redução de até 80%”, disse Daniel de Oliveira Duarte, secretário adjunto da Caixa Econômica Federal.

Já para Otávio Cunha, presidente da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), a suspensão desses pagamentos até dezembro foi importante porque o setor hoje está operando com cerca de 60% da frota normal e com uma receita 30% do normal. “Ou seja, o setor vem operando com déficit de fluxo de caixa apesar dos pedidos que temos feito ao governo por um socorro emergencial, mas, naturalmente, essa suspensão do pagamento ajudou a aliviar compromissos”, ressaltou.

As empresas que se beneficiaram com o Refrota precisam solicitar formalmente o adiamento dos pagamentos (a suspensão vai até dezembro de 2020). O Programa de Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano (Refrota) foi lançado em 2017, com um aporte de R$ 3 bilhões oriundos do FGTS para estimular a compra de coletivos novos para as linhas urbanas e metropolitanas de todo o País.

Imagems – Agência Brasil 61

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