Direto do túnel do tempo

A FNM se destacou no cenário nacional ao oferecer uma gama de chassis idealizados para a aplicação urbana e rodoviária, com soluções adequadas ao mercado

Neste fundo do baú, como esta coluna também pode ser chamada, resgato um inusitado modelo de ônibus brasileiro que trouxe uma característica pioneira para o período de sua apresentação, ainda na primeira metade da década de 1960. Se a partir do ano de 1979 a montadora Volvo passou a disponibilizar seus chassis com motorização central (horizontal), sendo precursora comercial em solo brasileiro, a extinta Fábrica Nacional de Motores ou mais conhecida como FNM, teve a iniciativa de ser a primeira fabricante nacional a desenvolver um propulsor semelhante, que foi equipado no modelo monobloco rodoviário de outra encarroçadora que não existe mais, a Massari.

O referido ônibus, com sua versão rodoviária RCPA, foi apresentado em 1964, tendo como características as suas linhas retas na área externa, 12 metros de comprimento, motor D-11000 Mille com seis cilindros e 175 cv de potência e ainda suspensão a ar. Apesar do ineditismo do veículo, não há registros se ele obteve sucesso comercial no mercado brasileiro, por ser um veículo com alto nível de acabamento e tecnológico, além do que, mais caro. A fabricante de carroçarias Massari S/A Indústria de Viaturas continuou produzindo seus variados modelos de carroçarias urbanas e rodoviárias, para ônibus, caçambas, baús, tanques e reboques para caminhões.

Já a FNM se destacou no cenário nacional ao oferecer uma gama de chassis idealizados para a aplicação urbana e rodoviária, com soluções adequadas ao mercado. Seus modelos para ônibus adotavam a motorização dianteira e traseira, sendo que a versão com motor central foi pouco comercializada. Em 1964, a montadora produziu 120 chassis, de acordo com a estatística do Anuário da Indústria Automobilística da Anfavea.

Imagens – Coleção José Vignoli e facebook Fábrica Nacional de Motores (Werner Keifer)

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