Explorando um nicho de possibilidades

Chamou a atenção uma configuração de chassi explorada por duas montadoras presentes no seminário com seus projetos idealizados para o atual momento do transporte coletivo sobre pneus

Durante a 33ª edição do Seminário Nacional da NTU, evento promovido recentemente pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, alguns modelos de ônibus estiveram expostos em paralelo aos painéis que debateram a necessidade de soluções para uma nova realidade da mobilidade urbana feita pelo ônibus. Chamou a atenção uma configuração de chassi explorada por duas montadoras presentes no seminário com seus projetos idealizados para o atual momento do transporte coletivo sobre pneus. Volvo e Volkswagen levaram seus modelos com motorização dianteira configurados para o encarroçamento com 15 metros de comprimento. O modelo da Volvo já foi destaque nas páginas da revista AutoBus.

Explorando um nicho de possibilidades

Porém, a grande novidade ficou por conta da marca alemã Volkswagen, que na mostra de Brasília, onde aconteceu o Seminário da NTU, revelou seu projeto concebido para transportar mais passageiros em um veículo de baixo custo operacional. A montadora traçou seus planos em um chassi com uma configuração diferenciada, portando dois eixos dianteiros, permitindo, segundo informações da marca, que o ônibus tenha uma capacidade de carga de 22 toneladas, possibilitando as mais diversas configurações de acordo com a necessidade da operação. O novo Volksbus é equipado ainda com suspensão pneumática e motorização MAN D08. “A premissa de nossa empresa é aumentar o conforto com o melhor custo-benefício ao cliente. É por isso que oferecemos um portfólio de soluções desde micros até os veículos de maior capacidade, de modo que os operadores possam adequar-se à demanda e sazonalidade de cada operação”, disse Jorge Carrer, gerente executivo de Vendas de Ônibus da VWCO.

Enquanto o primeiro mundo discute a eletromobilidade dentro do contexto já modernizado do ônibus urbano, no Brasil ainda debatemos uma modernização do tradicional modelo do veículo que incorpora o propulsor na dianteira do chassi, aspecto já abolido há tempos em cidades preocupadas com a qualificação de seus sistemas de transporte coletivo. Entretanto, a realidade do transporte brasileiro faz nos entender que sem investimentos nessa questão da qualidade, fica difícil olharmos um avanço em termos de configuração veicular. Um sistema de transporte urbano moldado pela identidade tecnológica e moderna custa mais caro, fator que não será possível alcançar somente com a tarifa vinda dos passageiros. É necessário, para isso, um aporte financeiro vindo das autoridades públicas interessadas no avanço das políticas públicas referentes à mobilidade.

Imagens – Revista AutoBus

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