Emissões equivocadas

O referido artigo tem um contexto salutar na luta pelo combate à poluição e seus nefastos efeitos à saúde pública

Este Informativo, em sua edição da semana passada, a de número 387, divulgou um artigo feito pelo Greenpeace com o tema da necessidade de introduzir no sistema paulistano de ônibus urbanos um frota totalmente limpa, livre das emissões poluentes. O referido texto, captado do portal do Greenpeace, cita que os ônibus são responsáveis pela emissão de 47% do material particulado no ar da cidade de São Paulo.

Porém, esse dado está equivocado. É preciso considerar que a frota dos 15 mil veículos que operam na capital paulista é responsável por apenas 4,8% do material particulado emitido, segundo uma fonte revelou a este canal. Cabe aqui, lembrar, que essa mesma frota que compõe o serviço de transporte coletivo local segue um padrão de manutenção e verificação dos índices de emissões poluentes muito superior aos de outros veículos que rodam pelas ruas paulistanas.

O referido artigo tem um contexto salutar na luta pelo combate à poluição e seus nefastos efeitos à saúde pública. Entretanto, é preciso mostrar com imparcialidade as consequências danosas causadas por uma matriz energética que acompanha o setor de transporte há muito tempo. São Paulo perde a oportunidade de liderar uma mobilização que objetiva o transporte livre do carbono. Deveria, por meio de sua gestão pública, desenvolver programas de avaliação de todas as tecnologias de tração limpa para os ônibus, onde poderia conhecer, de fato, todas as vantagens, benefícios e problemáticas das diversas opções oferecidas pela indústria do modal. Fica a dica.

Imagem – Edi Pereira

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